Pontos de Força
Nossos amados Orixás são Divindades que irradiam as qualidades do criador e podemos encontrá-los em tudo e em todos os lugares com maior ou menor intensidade. Sobre os locais da natureza onde predomina certo Orixá costumamos dizer que pertence a ele, ou seja, é sítio consagrado, templo natural e ainda ponto de força da natureza.
Vamos a um exemplo: a irradiação mineral e o amor de nossa amada Mamãe Oxum predominam nas cachoeiras, estabelecendo um contato, como que um portal, com as dimensões regidas por esta Mãe e onde estagiam milhões de elementais, encantadas da natureza e naturais (muitas destas encantadas e naturais são exatamente as “Oxuns” que incorporam em nossos terreiros de Umbanda).
O fato é que quando estamos carentes neste sentido, precisando harmonizar com esta vibração, nos dirigimos à cachoeira de frente para a Mãe e fazemos religiosamente a nossa oferenda. No lado astral, somos recebidos com todo o amor que uma Mãe pode ter com seu filho, uma encantada “recolhe” nossa oferenda, recebe licença para ali atuar em nós visando o reequilibro e por um mistério Divino recebemos ali as bênçãos da Mãe Maior Oxum.
Também podemos notar a presença de um Ogum e uma Iansã das cachoeiras como guardiões deste ponto de força bem como os intermediários dos outros Orixás para com Oxum desempenhando suas tarefas junto a este templo natural.
Outras vezes ainda nos dirigimos a tais sítios consagrados afim de colaborarmos de maneira ativa com a captação de certos axés por parte dos espíritos guias que nos assistem em nossos “trabalhos”.
Da mesma forma acontece com os demais Pais e Mães, onde podemos citar seus pontos de força:
Oxalá - pode ser oferendado em todos os sítios da natureza, costumamos dar preferência a campos abertos e floridos ou mirantes onde se costumam erigir as estátuas de Jesus Cristo;
Oxum e Oxumarê - cachoeiras;
Oxóssi - matas;
Obá - matas e em contato com a terra;
Xangô - montanhas ou pedreiras (montanhosas);
Iansã - pedreiras;
Ogum - caminhos;
Obaluaiyê e Omulú - cemitérios;
Yemanjá - mar;
Cosme e Damião - nos parques, praças ou cachoeiras;
Oiá - em qualquer lugar aberto no “tempo”.
Isto não quer dizer que não possam ser oferendados em outros lugares, certo?
Por exemplo se tenho um Ogum Megê como Orixá individual a me amparar, posso oferenda-lo no cemitério já que Ogum Megê e Iansã de Balé são também guardiões do campo santo, fora isso ouça e confie no seu guia. Se ele manda oferendar Omulu na frente do mar está certíssimo, se manda entregar uma maçã e uma vela para determinado Orixá em um lugar que não imaginava, não pense duas vezes eles sabem muito mais do que nós (claro são nossos guias) e o pouco que conhecemos aprendemos com eles.
TEXTO EXTRAÍDO DO JUS – JORNAL DE UMBANDA SAGRADA (Alexandre Cumino)
110 anos da nossa querida Umbanda
Há 6 anos
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