tag:blogger.com,1999:blog-16969448515403966302024-03-05T11:08:43.127-03:00Umbanda Amor e caridadeChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-1649952694775232412014-03-26T22:08:00.000-03:002014-03-26T22:15:21.605-03:00SÚPLICA DE UM EXÚ<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">SÚPLICA DE UM EXÚ</span></b></div>
<br />
Sou EXU, Senhor!
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<br />
Pai, permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu o és, como és meu criador.
Formaste-me da poeira Ástrica, mas como tudo que provém de Ti, sou real e eterno. Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos. Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das trevas, e gênio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras para exprimir o Seu desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que nada mais sou do que o reflexo deles mesmos. Não reclamo, não me queixo porque esta é a Tua vontade. Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação. Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante. Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados, movido pela covardia e maldade humanas sem contudo poder negar-me ou recorrer. Pelo pensamento dos inconscientes, sou arrastado a exercer a descrença, a confusão e a ignomínia, pois esta é a condição que Tu me impuseste. Não reclamo, Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos, que criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelo turbilhão de iniqüidades que eles mesmos criam, e eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que participar. No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me sinto grande e feliz quando encontro com algum coração, um oásis de amor e sou solicitado a ajudar na prestação de uma caridade. Aceito sem queixumes, Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste, a de executor das consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até hoje, não conseguiram compreender-me.<br />
Peço-Te, Oh Pai infinito, que lhes perdoe.
Peço-Te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos.<br />
Peço-Te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos.
Perdoa-os, e torna-os bons, porque somente através da bondade do seu coração, poderei sentir a vibração do Teu amor e a graça do Teu perdão.<br />
<br />
UM EXÚ
Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-45368872372886893152014-03-26T21:25:00.000-03:002014-03-26T21:27:18.558-03:00Os 10 credos da Umbanda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ91hcABNK3w0_wvX1Nbr8DFrRrwo16OLa1Y5_-XatN0HakKti7GTXi65MwmeTYmYdTilJXHobUFdG0EZd4nwd-Hgo4PXbZ5JCQXbVzBKMPJ4X6UpbhFkT64F8-jA_xsjSaPdSkdK9snuY/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ91hcABNK3w0_wvX1Nbr8DFrRrwo16OLa1Y5_-XatN0HakKti7GTXi65MwmeTYmYdTilJXHobUFdG0EZd4nwd-Hgo4PXbZ5JCQXbVzBKMPJ4X6UpbhFkT64F8-jA_xsjSaPdSkdK9snuY/s320/images.jpg" /></a></div>
<b>Os 10 credos da Umbanda</b>
1. Na existência de um Deus, único, onipotente, onisciente e onipresente, incriado, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma e adorado sob o nome de ZAMBI;
2. Em entidades espirituais, em plano superior de evolução, que não necessitam de novas reencarnações, responsáveis pela organização dos mundos e dos seres que neles habitam. São os Orixás, Santos, Chefes de Linhas e Falanges, executores diretos da Vontade Divina. Entre eles, Oxalá, o Cristo Planetário da Terra e, como tal, primeiro na hierarquia deste planeta;
3. Em guias espirituais e protetores, sábios, poderosos e bondosos, porém necessitados ainda de reencarnações para seu aperfeiçoamento. São mensageiros dos Orixás e Santos;
4. Em seres da natureza e suas energias cósmicas que, quando manipulados com sabedoria e bondade, sob a forma de magia, auxiliam a peregrinação do homem;
5. Na imortalidade do espírito, sobrevivendo à morte física, a caminho da evolução;
6. Na reencarnação, possibilitando o aprendizado e aprimoramento do espírito;
7. Na Lei do Carma, instituindo que cada ação gera uma reação;
8. Na necessidade do ritual como elemento mágico e disciplinador;
9. Na prática da mediunidade, sob as mais variadas modalidades, com o objetivo de caridade material e espiritual;
10. No respeito às demais religiões, porque todas constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a DEUS.
Créditos
umbanda.comChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-24575893685404602352012-11-02T22:53:00.001-02:002012-11-02T22:56:47.233-02:00O “passe espírita” e o “passe umbandista”
<b>O “passe espírita” e o “passe umbandista”<b></b></b>
“A um médium é solicitado que conheça o mínimo indispensável para que possa realizar as práticas de Umbanda e seus rituais. Também é exigido que estude um pouco, porque só assim, entenderá tudo o que acontece dentro de um templo de Umbanda durante a realização das giras de trabalho.” Rubens Saraceni
A palavra “passe” tem origem no Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e traz a ideia de “passar” ou “transmitir” algo a alguém. A doutrina codificada por Kardec tem base cristã e encontra no Evangelho as muitas passagens em que Jesus cura as pessoas e “expulsa” espíritos indesejados por meio da imposição de mãos. Algo que vamos encontrar em muitas outras culturas como a egípcia, a grega, a celta, a chinesa, a indiana ou em tradições indígenas e xamãnicas. Estudiosos do passado e do presente se debruçam sobre os fundamentos científicos das técnicas de “passe magnético”, desde Hermes Trimegistro, Fo-Hi, Asclépio, Pitágoras, Hipócrates, Paracelso, Van Helmont, Mesmer, Du Potet e outros.
Na obra de Allan Kardec vamos encontrar (A Gênese, Cap. XIV, 1:14, 15 e 18) a descrição dos “Fluidos” e sua manipulação:
- Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas por meio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para os homens…
- Pode-se dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros…
- O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais como o dos desencarnados; transmite-se de Espírito a Espírito pelo mesmo veículo, e, conforme sua boa ou má qualidade, saneia ou vicia os fluidos circundantes…
No “Passe Espírita” o médium manipula estes fluidos por meio de técnicas que foram se desenvolvendo com o tempo. Aqui no Brasil devemos, principalmente, a Bezerra de Menezes e Edgard Armond, o método já consagrado e largamente utilizado em boa parte dos “Centros Espíritas”. A padronização dos passes e outras práticas doutrinárias…
foram providências adotadas na Federação Espírita dos Estado de São Paulo para efetivar a unidade das práticas espíritas, assunto de alta relevância, levado ao Congresso de Unificação realizado em 1947 nesta Capital. Estas são as palavras que “prefaciam” o título Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura de autoria de Edgard Armond, 1950. Podemos dizer que o conteúdo deste livro norteou e norteia até hoje o método e técnicas utilizadas no Espiritismo Brasileiro, em que o “Passe Magnético” subdivide-se por categorias como P1, P2, P3, P4. Além do Passe de Limpeza e da Auto Cura. A realização destes passes é feita por qualquer pessoa de boa vontade que tenha estudado o método, para algumas situações, no entanto é necessário certa sensibilidade ou Don mediúnico. A maioria dos métodos é explicada por uma corrente de energia/magnetismo e fluidos que estabelecem um circuito de forças entre “operador passista” e consulente (assistido). Dentro do processo são definidos alguns conceitos como a polaridade das mãos (direita = positiva, esquerda = negativa) e os centros de força, denominados de chacras por influência oriental, assim como a importância de um conhecimento básico sobre a fisiologia do corpo material e espiritual.
“Quando o Espírito é de elevada categoria, possui grande poder curativo, muito diferente e muito melhor que o que possui o magnetizador encarnado.” Edgard Armond.
O “Passe Umbandista” não é apenas um “passe magnético” ou material e sim um “Passe Espiritual”, aplicado por um espírito. Assim como Edgard Armond classificou diferentes métodos de aplicação do Passe Magnético para diferentes necessidades, também os espíritos que se manifestam na Umbanda aplicam métodos variados de acordo com a necessidade de cada consulente, dentro dos variados recursos que cada espírito guia, entidade/mentor, possui. Sem esquecer que cada um recebe na medida de seumerecimento e afinidade, podendo um encarnado bloquear uma ação positiva direcionada a ele mesmo como consequência de sua postura mental. Pois muitos merecem, mas não estão abertos emocionalmente ou psicologicamente para receber o que a espiritualidade lhe oferece, por vários motivos como descrença, irritação, mentalidade critica e posturas interesseiras desfocadas de um objetivo espiritual.
“Para que os passes magnéticos produzam melhor efeito, é necessário que, previamente, o operador estabeleça laços fluídicos de simpatia, solidariedade e confiança entre si e o doente; qualquer sentimento de antipatia, temor ou desconfiança de qualquer deles, impedirá o fluxo natural e espontâneo dos fluidos entre ambos.” Edgard Armond.
O “Passe Umbandista”, para além de “Passe Espiritual”, pode ser definido como a aplicação de um conjunto de técnicas mágico-religiosas, além de explorar todos os recursos possíveis de imposição de mãos, utiliza elementos e técnicas variadas e até inusitadas.
“Porém, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes energéticos, quando são usados diversos materiais (fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletromagnéticos… Nem sempre o que parece folclore ou exibicionismo realmente o é. Se os mentores dos médiuns de Umbanda exigem determinados colares de pedras, eles sabem para que servem e dominam seu magnetismo, assim como as energias minerais cristalinas irradiadas pelas pedras. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéricas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.”
A finalidade é de alcançar maior êxito de acordo com as necessidades, o merecimento e os recursos disponíveis. Cada entidade tem a liberdade de aplicar a técnica que lhe aprouver, desde que dentro dos limites de ética, bom senso e respeito. Embora há um conjunto de métodos e recursos característicos da Umbanda. Muitas entidades, em especial os pretos velhos, por exemplo, realizam o benzimento, que se distingue do “Passe Magnético”, por empregar uma ação mais relacionada ao poder do verbo, elementos e simbologia, considerada “Magia Popular”. Também é possível identificar métodos complexos de Magia Riscada (Magia de Pemba), abrindo espaços mágicos (Pontos Riscados) que muitas vezes lembram Mandalas do Hinduísmo ou mesmo Fórmulas Cabalísticas da Real Arte Simbólica e Mística Hebraica entre outras práticas de Ocultismo e Hermetismo. Entre os elementos mais utilizados podemos identificar velas, água, óleo, pedras, essências, fumo, ervas, tecidos, ponteiros e a citada pemba (giz utilizado para traçar símbolos), dentro de um ambiente de terreiro, mágico-religioso por natureza. Nos métodos se observam rezas, orações, preces, evocações, invocações, determinações e formulas mágico-religiosas associadas a banhos, defumações, oferendas e outros.
Todos estes recursos estão mais ou menos associados ao “Passe Umbandista”, no qual se cria um ambiente de Som, Cores, Aromas e Luzes, capaz de inebriar de forma positiva todos os cinco sentidos do consulente a fim de conduzi-lo a certo estado de consciência desejado.
Durante o “Passe Umbandista” observamos a entidade espiritual fazer a imposição de mãos, segurar velas direcionadas aos chacras ou traçando movimentos no ar, colocam colares (guias) no pescoço do consulente ou o colocam dentro da mesma em circulo no chão. Atiram ponteiros em pontos riscados, fazem gestos rituais e movimentos com os pés e mãos que nos faz crer na “Magia Gestual”. Em meio a tantos recursos, que nos encantam e fascinam, nos chama a atenção, em especial, o estalar de dedos, bem característico em quase todas as linhas de trabalho. Muitas pesquisas e especulações já foram realizadas sobre esta prática, entre elas são identificadas as energias que existem na ponta de cada um dos dedos da mão, que são pequenos chacras ou vórtices de energia (“chacrinhas”), e, o “choque” vibratório desencadeado no ar quando o dedo médio estala sobre a região da mão chamada de “monte de Vênus”, causando vibração astral e sonora o que desperta certa energia dentro do campo em que está atuando.
Este “Estalar de Energias” pode assumir contextos vaiados de acordo com o que esteja associado, por meio do pensamento ou movimentos. Além deste contexto pode-se usar o estalar de dedos como um simples gesto de descarregar as energias absorvidas pelas palmas das mãos. Um caboclo ou outro espírito guia eleva sua mão ao alto (ou ao lado) buscando certa energia que será irradiada ao consulente, num movimento rápido, ao mesmo tempo em que transmite esta energia positiva, retira os eflúvios negativos e os “descarrega” com um estalar de dedos. Os movimentos longitudinais, transversais e circulares também foram descritos na obra de Edgard Armond, em que:
Os passes longitudinais movimentam os fluidos, os transversais os dispersam e os circulares e as imposições de mãos os concentram, o mesmo sucedendo com o sopro quente. Este ultimo merecendo ainda um estudo à parte.
No entanto pode-se associar procedimentos mais ou menos magísticos com os mesmos, ou seja a relação entre estalos e números com o poder de realização que cada um deles possui, aplicando-se sequencias de estalos que podem variar, por exemplo, de 2×3,3×3,4×3 ou ainda estalos que desenham formas geométricas no ar. Lembrando que a aplicação de símbolos associados a idéias e intenções, com suas respectivas invocações é a mais explicita “magia simbólica”, encontrada nas mais variadas culturas. Assim sequencias de estalos “desenham” no ar, cruzes, estrelas e círculos; firmando ou estabelecendo pontos e espaços vibratórios, aos quais podem ter função nesta realidade ou abrir portais para outras realidades.
Muito mais poderíamos escrever sobre o “Passe Umbandista” e seus recursos, no entanto não pretendemos em um único artigo esgotar o que é inesgotável. Fica aqui um comentário final sobre a importância do estudo, não para complicar o que é realizado de forma tão simples por nossos guias de Umbanda, mas com a finalidade de compreendermos o que eles realizam, com a consciência de que eles sim estudam e estudaram muito para realizar este trabalho espiritual. Não estudamos por um movimento do Ego ou para substituir a presença dos mesmos, mas para lhes oferecer maiores recursos psíquicos, espirituais e materiais. Estudamos para ver o quanto somos ainda “neófitos” (aprendizes) nesta senda, em que Caboclo (a), Preto Velho (a), Baiano (a), Boiadeiro (a), Marinheiro (a), Cigano (a), Exu e Pomba Gira são nossos Mestres.
<b>Créditos</b>
Teologia de Umbanda Sagrada – EAD – Curso Virtual
MINISTRADO POR ALEXANDRE CUMINO
Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-5557370387415422942012-11-02T22:51:00.000-02:002012-11-02T22:51:08.308-02:00Calendário de Umbanda
CALENDÁRIO DE UMBANDA
Janeiro
01 - Confraternização Universal
17 - Festa do Bonfim
20 - São Sebastião - Oxóssi
Fevereiro
02 - N. S. dos Navegantes - Yemanjá
Abril
23 - São Jorge - Ogum
Maio
13 - Pretos Velhos
Junho
11 - Pomba Gira
24 - São João
29 - São Pedro e São Paulo
Julho
26 - N. S. Santana - Nanã
Agosto
15 - N. S. da Glória
16 - S. Roque
24 - Toques para Exu
Setembro
27 - Cosme e Damião - Erês
29 - S. Miguel Arcanjo
30 - S. Jerônimo - Xangô
Outubro
28 - Festa dos Boiadeiros
Novembro
02 - Finados - Omulú - Exu
15 - Fundação da Umbanda (1908)
Dezembro
04 - Sta. Bárbara - Yansã
Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-18498402979680346402012-11-02T21:44:00.004-02:002012-11-02T21:44:58.443-02:00Obaluaiê
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizUR5Ebxcsfq44b16FKnrNkgRmrqCutC-rTr2294Ccr8PQiYkYRNpszKV-DuwB9LK8CGsZ4DNmKJBgxPvwtKe9zm0ZfrLKNALAhFsvqY88Mm14aQWLUcSNd30R-U4z-u79i44SkctbaEMN/s1600/image010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizUR5Ebxcsfq44b16FKnrNkgRmrqCutC-rTr2294Ccr8PQiYkYRNpszKV-DuwB9LK8CGsZ4DNmKJBgxPvwtKe9zm0ZfrLKNALAhFsvqY88Mm14aQWLUcSNd30R-U4z-u79i44SkctbaEMN/s320/image010.jpg" /></a></div>
Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.<br />Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).<br />Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá. <br />São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê. <br />Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios. <br />Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha. <br />A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. <br />Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé. <br />Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças. <br />A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás. <br />Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum. <br />Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.<br /> <br />Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres". <br />Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô. <br />Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.<br />Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.<br />Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.<br />O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.<br />Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.<br /><br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor: Preto e branco<br />Fio de Contas: Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.<br />Ervas: Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)<br />Símbolo: Cruz<br />Pontos da Natureza: Cemitério, grutas, praia<br />Flores: Monsenhor branco<br />Essências: Cravo e Menta<br />Pedras: Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato<br />Metal: Chumbo<br />Saúde: Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)<br />Planeta: Saturno<br />Dia da Semana: Segunda-feira<br />Elemento: Terra<br />Chakra: Básico<br />Saudação: Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)<br />Bebida: Água mineral (vinho tinto)<br />Animais: Galinha d’angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.<br />Comidas: Feijão preto, carne de porco, Deburú - pipoca, (Abadô - amendoim pilado e torrado; latipá - folha de mostarda; e, Ibêrem - bolo de milho envolvido na folha de bananeira)<br />Número: 3<br />Data Comemorativa: 16 de Agosto (17 de Dezembro)<br />Sincretismo: São roque (São Lázaro).<br />Incompatibilidades: Claridade, sapos <br /><br />ATRIBUIÇÕES<br />Muitos associam o divino Obaluaiê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa<br /><br />AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OBALUAIÊ<br /><br />Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu/Obaluaiê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista. <br />Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeitos físicos.<br />Pierre Verger define os filhos de Omulu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais. <br />No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omulu/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição. <br />Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente. <br />Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluaiê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluaiê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos. <br />Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio. <br />Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá da Saúde”.<br />O tipo psicológico dos filhos de Omulu é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é freqüentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação. <br />É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado. <br />Essencialmente viril, por ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução. <br /><br /> <br />COZINHA RITUALÍSTICA<br /><br />Feijão Preto<br />Cozinha-se o feijão preto, só em água, e depois refoga-se cebola ralada, camarão seco e Azeite-de-Dendê, misturando ao feijão.<br /><br />Olubajé (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer ; ou ainda aquele-que-come)<br />O Olubajé, não é uma comida específica, mas sim um banquete oferecido à Obaluaiê.<br />São oferecidos pratos de aberém (milho cozido enrolado em folha de bananeira), carne de bode e pipocas.<br />Seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa.<br />É uma oferenda coletiva para os Orixás da Terra e suas ligações – Omulu/Obaluaiê, Nana e Oxumarê, é aguardada durante todo o ano com muito entusiasmo, pois é nesta oferenda que os iniciados ou simpatizantes irão agradecer por mais um ano que passaram livre de doenças e pedir por mais um período de saúde, paz e prosperidade.<br />A celebração oferece aos participantes um vasto cardápio de "comidas de santo", e, após todos comerem, participam de uma limpeza espiritual, que evoca a proteção destas divindades por mais um ano na vida de cada um.<br />É uma das cerimônias mais importantes do Candomblé, e relembra a lenda da festa que ocorria na terra de Obaluaiê, com todos os Orixás, na qual ele não podia entrar. (ver lenda mais abaixo).<br /><br /> <br />LENDAS DE OBALUAIÊ<br /><br />Orixá da cura, continuidade e da existência !!! <br />Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. <br /><br />Xapanã, rei de Nupê. <br />Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. <br /><br />As Duas Mães de Obaluaiê<br /><br />Filho de Oxalá e Nanã, nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã, dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com suas duas mães.<br /><br />Texto extraido do curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata VirgemChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-63524835269264100942011-02-11T16:02:00.001-02:002011-02-11T16:04:08.570-02:00A CARPA APRENDE A CRESCERA carpa japonesa ( koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros - mas pode atingir três vezes este tamanho, se colocada num lago.<br />Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual, e intelectual.<br />Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, ao invés de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano – mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.<br /><br />Fonte: Paulo Coelho - Histórias para pais, filhos e netosChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-46158094052466960582011-02-03T18:35:00.001-02:002011-02-03T18:40:15.592-02:00OXOSSIDivindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú. <br /><br />Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. <br /><br />Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes. <br /><br />Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.<br /><br />Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.<br /><br />Associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.<br />Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.<br /><br />No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos. <br /><br />Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. <br /><br />O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País. <br /><br /><br /><br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)<br />Fio de Contas Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)<br />Ervas Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)<br />Símbolo Ofá (arco e flecha). <br />Pontos da Natureza Matas<br />Flores Flores do campo<br />Essências Alecrim<br />Pedras Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)<br />Metal Bronze (Latão)<br />Saúde Aparelho Respiratório<br />Planeta Vênus<br />Dia da Semana Quinta-feira<br />Elemento Terra<br />Chakra Esplênico<br />Saudação Okê Arô (Odé Kokê Maior)<br />Bebida Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)<br />Animais Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)<br />Numero 6<br />Data Comemorativa 20 janeiro<br />Sincretismo: S. Sebastião. <br />Incompatibilidades: Mel, Cabeça de bicho (nos sacrifícios e alimentos), Ovo<br />Qualidades: Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo<br /><br /><br />COMIDAS<br /><br />Axoxô<br />É a comida mais comum de Oxossi. Cozinha-se milho vermelho somente em água, depois deixa-se esfriar, coloca-se numa Gamela e enfeita-se por cima com fatias de coco. (pode-se cozinhar junto com o milho, um pouco de amendoim).<br /><br />Quibebe <br />Descasca-se e corta-se 1kg de abóbora em pedaços. Numa panela, faz-se um refogado com 2 colheres de manteiga e 1 cebola média picadinha, até que esta fique transparente ou levemente corada. Acrescenta-se 2 ou 3 tomates cortados em pedaços miúdos, 1 pimenta malagueta socada, e a abóbora picada. Põe-se um pouco de água, sal e açúcar. Tampa-se a panela e cozinha-se em fogo lento até que a abóbora esteja bem macia. Ao arrumar na travessa que vai à mesa, amassa-se um pouco.<br /><br />Pamonha de milho verde <br />Rala-se 24 espigas de milho verde não muito fino. Escorre-se o caldo e mistura-se o bagaço com 1 coco ralado(sem tirar o leite do coco), tempera-se com sal e açúcar.<br />Enrola-se pequenas porções em palha de milho e amarra-se bem. Cozinha-se numa panela grande, em água a ferver com sal, até que desprenda um bom cheiro de milho verde.<br /><br /><br />Texto extraído do curso de umbanda Sociedade Espiritualista Mata VirgemChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-45139259580096102402011-02-03T18:30:00.001-02:002011-02-03T18:32:32.948-02:00Jornal Nacional da Umbanda - Edição jan/2011O Tema é Leal de Souza,<br />O Primeiro Escritor Umbandista.<br />Não Perca esta oportunidade de ler boa parte de sua obra prima:<br />“O Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas de Umbanda”Publicado em 1933.<br /> <br />Esta Edição Especial é a primeira de uma série que tem por objetivo resgatar a memória da Umbanda e dos cultos que de alguma forma foram influenciados por ela ou que a influenciaram, contribuindo com o seu crescimento e diversificação ritualistica.<br /> <br /> Iniciamos com o primeiro escritor oficial da Umbanda, Sr.º Antonio Eliezer Leal de Souza e esta edição tras em seu conteúdo parte do seu livro publicado em 1933, denominado “O Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas de Umbanda”.<br /><br /> Esse livro, que até pouco tempo atras era dificil de ser encontrado, recentemente foi reeditado, pelo Profº Diamantino Trindade (Mestre Hanamatan) e já se encontra em muitas livrarias para que os seguidores da Umbanda tenham nele uma fonte segura e confiável sobre como ela era nos seus primeiros anos.<br /> <br />Vale lembrar que esta edição, além de documento histórico, é também um excelente material para estudo e pesquisas sobre a Umbanda, pois retrata-a em seu inicio e relata a criação das tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.<br /><br />Link para leitura do Jornal:<br />http://www.jornaldeumbanda.com/images/stories/pdf/edio%20especial.pdfChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-11245189904689664992011-02-03T18:13:00.001-02:002011-02-03T18:14:46.996-02:00Proteção energéticaEscrito por Victor Rebelo<br /> <br />Muitos ouvintes me ligam, durante o programa Música e Mensagem, que apresento na Rádio Mundial, para perguntar como fazer para se proteger das “energias negativas”. Dizem que quando entram em um ambiente, muitas vezes se sentem cansados, angustiados...<br />Em primeiro lugar, esclareço que tudo começa em nosso mundo interior, ou seja, em nossa intimidade. Precisamos, ao longo da nossa vida, no dia a dia, cultivarmos o hábito de analisar nossas reações diante das circunstâncias. Precisamos desenvolver, progressivamente, a capacidade de colocarmos nossa atenção no agora. Eckhart Tolle nos oferece lições belíssimas sobre o poder do agora. Ele afirma no livro O poder do Agora: “Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma tarefa específica e depois ser deixada de lado. Sendo assim, eu poderia afirmar que 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de uma natureza frequentemente negativa, são também nocivos. Observe sua mente e verificará como isso é verdade. Essa atitude causa uma perda significativa de energia vital”. Recomendo muito a leitura desse livro.<br />Portanto, em primeiro lugar, precisamos tomar consciência dos nossos pensamentos e emoções. Ao estarmos presentes, sem julgar, sem criticar, mas apenas percebendo, ampliamos nosso grau de consciência; saímos do “piloto automático” e passamos a canalizar nossa energia para algo mais específico. Isso inclui, sim, uma posterior autoanálise. Portanto, a busca pelo autoconhecimento é fundamental.<br />Conforme vamos nos conhecendo, conseguimos discernir melhor quais são os nossos padrões emocionais e condicionamentos mentais e o que nos é estranho, ou seja, vem de fora. E esse “fora” inclui a influência energética de espíritos – encarnados e desencarnados.<br />Mas, quando falamos de assédio espiritual, não podemos nos colocar em uma posição de vítimas e acharmos que os espíritos são culpados pelo que acontece em nossa vida. Sim, eles têm influência, mas nós temos o livre-arbítrio de cedermos ou não às suas sugestões. E mais: se eles nos atingem, quase sempre é porque nós mesmos os atraímos. Isso ocorre devido à sintonia espiritual que existe entre as pessoas. Então, precisamos ter a coragem de assumir nossa responsabilidade diante dos assédios e obsessões e mudar nosso padrão interior.<br />E, claro, devemos buscar apoio nas ferramentas que temos à nossa disposição para nos protegermos e reequilibrarmos, energética e espiritualmente. Temos as práticas bioenergéticas, a meditação, a oração, etc. Como dizia Jesus: “Orai e vigiai.”<br />Paz e luz!Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-63735782993301824912010-10-11T14:05:00.000-03:002010-10-11T14:06:36.472-03:00Agulha e LinhaAGULHA E LINHA<br />Por Maria de Fátima<br /> <br />A costura e o bordado mais simples, bem como os mais elaborados, se fazem com o auxílio de agulha e linha. Mas, pronto o trabalho, só se percebe a presença da linha que teceu desenhos, prendeu botões ou realizou arremates e bainhas, cuja perfeição sempre dependerá da habilidade de quem realizou a tarefa.<br /><br />Da agulha, quem se lembra? Ela conduziu a linha, aceitou o comando da costureira ou da bordadeira, enfrentou todo tipo de tecido, do mais resistente ao mais maleável, e depois ficou na caixa de costura. Exatamente onde deveria estar, a postos para qualquer novo chamado...<br /><br />Assim somos nós, um pouco linha e um pouco agulha...<br /><br />Talvez o papel da linha nos atraia mais. Todo mundo gosta de ver o seu trabalho reconhecido, é humano...<br /><br />Já quando estamos na tarefa da agulha, às vezes nos lamentamos, sofremos pela dificuldade de romper as barreiras do caminho, esquecidos de que tudo faz parte de um projeto maior...<br /><br />Não é possível chegar à costura ou ao bordado pronto sem qualquer daqueles agentes, a linha e a agulha. E para que um deles diga a que veio, mostrando o próprio valor e utilidade, precisará da ajuda do outro. A linha não borda e nem costura sem a agulha; e a agulha também nada disso fará sem ter a linha. Conversa de maluco...<br /><br />Pois é.<br /><br />Acontece que andamos como malucos, quase sempre, no corre-corre diário.<br /><br />Quando a vida nos dá a linha, não queremos ser a agulha, tentamos escapar do trabalho mais árduo, sonhando com a coisa pronta... Ou quando ela nos dá a agulha, quantas vezes reclamamos por não ter “a cor certa” de linha pra usar ali, esquecidos de que improvisar é possível, temos essa capacidade latente...<br /><br /> <br /><br />Costureiras, bordadeiras, agulhas e linhas, eis que somos um pouco disso tudo, ao final. Ninguém exigirá um bordado ou costura de quem não aprendeu, antes, como fazê-los. Nem a Vida nos exige mais do que podemos fazer. Em mãos que se dedicaram a aprender e se tornaram hábeis, a agulha encontrará tarefas a realizar, é feita para isso. Essas mãos também saberão dar bom uso à linha disponível, completando o bordado ou a costura necessária. Precisamos então nos dedicar a aprender a fazer uma e outra coisa, a unir as possibilidades, enfrentando desafios, confiantes de que o resultado final valerá a pena.<br /><br />Como diz o Sr. Zé Pelintra, “a Vida é o milagre que já aconteceu”: está tudo aqui, do que é essencial, bem ao nosso alcance. Não adianta ficar esperando “acontecer”, nós estamos aqui para fazer a nossa par te, ora como agulha, ora como linha. Fomos preparados para “costurar e bordar” a parte que nos cabe em nosso caminho de evolução.<br /><br />Levando a maluquice pra outro ângulo: nós e a Espiritualidade, nós e os nossos bons e amados Guias. Eles têm sido agulhas de primeira, conduzindo-nos em todos os caminhos e realizando a parte mais árdua da tarefa, sempre chegando primeiro, preparando e amaciando o terreno e sempre nos atribuindo méritos pelo resultado final. Por igual, eles são a linha mais excelente, na medida certa, na cor certa e no calibre certo. Entregam tudo “redondinho” em nossas mãos, só nos cabe aceitar o presente e nos deixar guiar pelo seu conhecimento milenar na execução dos mais diversos e sofisticados “bordados e costuras”. No entanto, corremos o risco de ser pegos aqui agindo como crianças birrentas, ora reclamando do tamanho da agulha, ora reclamando da cor da linha, demorando a nos entregar ao encanto da comunhão de tarefas que nos proposta no campo mediúnico. Porém, se formos pegos, vamos usar o “exemplo saudável” das crianças, que logo se levantam depois de um tombo!<br /><br />Os Guias poderiam se gabar dos seus conhecimentos e também das suas qualidades como agulha e como linha. No entanto, geralmente se recolhem, no Amor Daquele que tudo Vê, aceitando o papel humilde das agulhas: fazem o seu trabalho amoroso e se recolhem, na caixinha de costura que lhes construímos com a nossa compreensão limitada, permanecendo sempre a postos e dispostos a nos ajudar, na primeira necessidade.<br /><br />Um dia aprenderemos com o exemplo deles. Com certeza, chegaremos a compreender melhor o papel e o valor de cada coisa em nossas vidas. Desde uma simples agulha até uma simples meada de linha, tudo serve a um propósito maior. Cada um de nós está aqui como parte da Grande Vida, que Se tece com a delicada beleza que nasce das Mãos Perfeitas do Amado Criador. Tudo importa e tudo vale a pena.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-28493926711567461802010-10-11T13:58:00.000-03:002010-10-11T14:00:55.549-03:00A ALMA DOS ANIMAISOS ANIMAIS TAMBÉM TÊM ALMA E SE MANIFESTAM NO PLANO ESPIRITUAL, MAS POR ESTAREM EM UM NÍVEL INFERIOR, REQUEREM CUIDADOS DO SER HUMANO<br />Maria Madalena Naufal<br /><br /><br />Muitos duvidam da existência da alma nos animais, achando que apenas o homem a possui. Outros, entretanto, afirmam que eles não só têm alma, como esta é igual à do homem. Entendendo-se como alma a parte imaterial do ser, o espírito, os animais a possuem sim e esse princípio independente da matéria sobrevive ao corpo físico.<br />Nesse propósito, temos em O Livro dos Espíritos a seguinte explicação: “É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e de Deus”. Na mesma obra, encontramos também um esclarecimento muito importante para o assunto em pauta: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente”. <br />No livro Os Animais têm Alma?, Ernesto Bozzano, conhecido filósofo e metapsiquista italiano, apresenta 130 casos de materializações de animais, visão e identificação de espíritos de animais mortos, alucinações telepáticas percebidas ao mesmo tempo pelo animal e pelo homem, bem como várias aparições de animais sob forma simbólico-premonitória. Cada caso é devidamente documentado e os comentários, apresentados com suas respectivas conclusões, são de difícil contestação.<br /><br /><br /><br /><br />A PSIQUE ANIMAL<br /><br />A respeito de sua obra, Bozzano afirma: “Ela consiste em um primeiro ensaio para demonstrar, por um método científico, a sobrevivência da psique animal. É preciso voltarmos ao nosso assunto e concluirmos salientando que a existência de faculdadessupranormais na subconsciência animal, existência suficientemente comprovada pelos casos que expusemos, constitui uma boa prova em favor da psique animal. Para o homem, deve-se inferir que as faculdades em questão representam, em sua subconsciência, os sentidos espirituais pré-formados esperando se exercerem em um meio espiritual (como as faculdades dos sentidos<br />estavam pré-formadas no embrião esperando se exercerem no meio terrestre). Se assim é, como as mesmas faculdades se encontram na subconsciência animal, deve-se inferir daí, logicamente, que os animais possuem, por sua vez, um espírito que sobrevive à morte do corpo”.<br />Em Nosso Lar, de André Luiz, encontramos um trecho que dá conta<br />da existência de animais no plano astral: “Seis grandes carros formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares”. <br />O que estariam fazendo esses animais que acompanhavam a caravana dos samaritanos, constituída por espíritos abnegados que iam até o umbral buscar enfermos para serem tratados nas “câmaras de retificação”?<br />Colaborando. Os cães facilitavam a penetração nas regiões obscuras e afastavam seres monstruosos, os muares puxavam cargas e forneciam calor onde necessário e as aves devoravam as formas mentais odientas e perversas.<br />O pai da médium Yvonne A. Pereira, por meio de mensagem psicografada por ela, enviou um importante contributo para o nosso assunto. Ao desencarnar, ele foi levado para uma cidade pequena, sossegada, apropriada para convalescentes. Ao despertar, após três dias de seu decesso, encontrava-se só em uma varanda orlada de trepadeiras floridas. “O único rumor partia do orquestrar longínquo de uns pássaros, verdadeira melodia que ressoava aos meus ouvidos com delicadeza e ternura”, disse.<br /><br /><br />CUIDAR DOS ANIMAIS<br /><br />No livro O Consolador, Emmanuel esclarece quanto à missão que os humanos têm com relação aos nossos irmãos menores, que são os animais: “Sem dúvida, também a zoologia merece o zelo da esfera invisível, mas é indispensável considerarmos a utilidade de uma advertência aos homens, convidando-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, sendo razoável considerá-los mais sob a sua responsabilidade direta que propriamente dos espíritos, razão porque responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre”.<br />Sábia advertência, felizes os que a escutarem. Nosso carinho e solidariedade devem se estender aos seres que, mesmo estando abaixo de nós na escala evolutiva, são capazes de nos servir e amar. Necessitamos deles como eles necessitam de nós. E nessa troca de trabalhos e afetividade, todos ganham.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-73247647063911535682010-08-10T16:27:00.000-03:002010-08-10T16:28:40.399-03:00SÁBIAS PALAVRAS DE UM PASTOR EVANGÉLICOPor Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequeno.<br /><br />Uma parte dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar numa entidade que cuida de exepcionais mantida por uma casa espírita, e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos.<br /><br />Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.<br /><br />A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.<br /><br />Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.<br /><br />O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.<br /><br />E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.<br /><br /><br />Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.<br /><br /><br />Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar - você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.<br /><br /><br />Postado por Vigilante da Umbanda<br />Texto extraído do blog:<br />http://soufelizporserumbandista.blogspot.comChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-49704343557827627702010-08-02T17:39:00.001-03:002010-08-02T17:39:44.486-03:00Pontos de forçaPontos de Força<br /><br />Nossos amados Orixás são Divindades que irradiam as qualidades do criador e podemos encontrá-los em tudo e em todos os lugares com maior ou menor intensidade. Sobre os locais da natureza onde predomina certo Orixá costumamos dizer que pertence a ele, ou seja, é sítio consagrado, templo natural e ainda ponto de força da natureza.<br /><br /><br />Vamos a um exemplo: a irradiação mineral e o amor de nossa amada Mamãe Oxum predominam nas cachoeiras, estabelecendo um contato, como que um portal, com as dimensões regidas por esta Mãe e onde estagiam milhões de elementais, encantadas da natureza e naturais (muitas destas encantadas e naturais são exatamente as “Oxuns” que incorporam em nossos terreiros de Umbanda).<br /><br /><br />O fato é que quando estamos carentes neste sentido, precisando harmonizar com esta vibração, nos dirigimos à cachoeira de frente para a Mãe e fazemos religiosamente a nossa oferenda. No lado astral, somos recebidos com todo o amor que uma Mãe pode ter com seu filho, uma encantada “recolhe” nossa oferenda, recebe licença para ali atuar em nós visando o reequilibro e por um mistério Divino recebemos ali as bênçãos da Mãe Maior Oxum.<br /><br /><br />Também podemos notar a presença de um Ogum e uma Iansã das cachoeiras como guardiões deste ponto de força bem como os intermediários dos outros Orixás para com Oxum desempenhando suas tarefas junto a este templo natural.<br /><br /><br />Outras vezes ainda nos dirigimos a tais sítios consagrados afim de colaborarmos de maneira ativa com a captação de certos axés por parte dos espíritos guias que nos assistem em nossos “trabalhos”.<br /><br /><br />Da mesma forma acontece com os demais Pais e Mães, onde podemos citar seus pontos de força:<br /><br />Oxalá - pode ser oferendado em todos os sítios da natureza, costumamos dar preferência a campos abertos e floridos ou mirantes onde se costumam erigir as estátuas de Jesus Cristo;<br /><br />Oxum e Oxumarê - cachoeiras;<br /><br />Oxóssi - matas;<br /><br />Obá - matas e em contato com a terra;<br /><br />Xangô - montanhas ou pedreiras (montanhosas);<br /><br />Iansã - pedreiras;<br /><br />Ogum - caminhos;<br /><br />Obaluaiyê e Omulú - cemitérios;<br /><br />Yemanjá - mar;<br /><br />Cosme e Damião - nos parques, praças ou cachoeiras;<br /><br />Oiá - em qualquer lugar aberto no “tempo”.<br /><br /><br />Isto não quer dizer que não possam ser oferendados em outros lugares, certo?<br /><br />Por exemplo se tenho um Ogum Megê como Orixá individual a me amparar, posso oferenda-lo no cemitério já que Ogum Megê e Iansã de Balé são também guardiões do campo santo, fora isso ouça e confie no seu guia. Se ele manda oferendar Omulu na frente do mar está certíssimo, se manda entregar uma maçã e uma vela para determinado Orixá em um lugar que não imaginava, não pense duas vezes eles sabem muito mais do que nós (claro são nossos guias) e o pouco que conhecemos aprendemos com eles.<br /><br /> <br /><br />TEXTO EXTRAÍDO DO JUS – JORNAL DE UMBANDA SAGRADA (Alexandre Cumino)Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-79380336931026448162010-02-25T18:21:00.000-03:002010-02-25T18:22:38.479-03:00QUARESMA NA UMBANDA - O MITO AINDA VIVE...Ao longo de minha vivência dentro da Umbanda, tenho escutado muito sobre a época da Quaresma ( o tempo em que Jesus passou no deserto somando seus 40 dias e que segundo nos conta a Bíblia foi tentado pelo demónio)<br /><br />Escuto dentro da Umbanda muita coisa a respeito deste assunto.<br /><br />Determinada casa não trabalha com a esquerda, neste período, pois afirma que a energia dos guardiões é muito pesada para o médium neste época, mas no restante do ano isso não é medido e os mesmos servem para "guardar" o terreiro.<br /><br />Outra casa ainda diz que nesta época as guias e colares de todos os médiuns são recolhidas para que os mesmos não se percam diante das tentações do demónio, então quer dizer que só as guias bastam? A reforma moral e o "orai e vigiai" ficam aonde? Nos 11 meses restantes para término do ano não rola uma tentação então? Contraditório isso...<br /><br />Ainda escuto que existem casas que não atendem neste período, pregando a sintonia do medo em seus trabalhadores não pautando pelo uso do bem senso, onde me questiono: Qual hospital fica fechado determinado período recusando atender aos doentes?<br /><br />Realmente muita coisa é dita em nome da Quaresma, mas vale lembrar que esta prática é de cunho católico e não Umbandista.<br /><br />Infelizmente na Umbanda encontramos muitos "achismos" hoje em dia, gente que fala sem fundamento, alegando que " as coisas sempre foram assim, é por que é simplesmente e pronto..." e com isso vamos criando dentro da Umbanda um palco de falta de informação e pré-conceito, além de um misticismo desnecessário e prejudicado é o médium.<br /><br />Creio que esteja na hora de acordarmos para algumas verdades e descortinarmos o véu dos anátemas feitos em nome da Umbanda.<br /><br />As guias tem seu fundamento sagrado sim dentro da Umbanda, mas amarra-las sem uma doutrina moral não impedira este ou aquele filho de fé de cair se o mesmo não desejar mudar.<br /><br />Tentações acontecem todos os dias de nossas vidas, pois estamos encarnados em um mundo de provas e expiações e vale aqui lembrar de um dito popular: "Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és" tudo na vida rege sintonia acima de tudo, cada um faz sua escolha e tenham a certeza que ninguém cai de gaiato na história, pois temos o livre árbitrio para isso.<br /><br />Umbanda é caridade acima de tudo e caridade não tem hora, nem dia e muito menos lugar para ser praticada, a casa que fecha suas atividades elegendo datas como desculpa, assina seu atestado de incompetência no compromisso assumido com os sagrados Orixas, já tão pouco compreendidos e respeitados.<br /><br />Não devemos nos prender tanto a Umbanda somente pelos seus ritos, mas sim para essência de caridade que a mesma carrega em si.<br /><br />Trabalhador pronto, o trabalho aparece, ninguém cresce sem estudo, portanto cada casa deve buscar formar seu corpo mediunico dentro de uma doutrina moral reta e não semear dogmas, mitos ou lendas para seus médiuns em formação.<br /><br />Quaresma é bom para quem deseja segui-la e alimentar a "doutrina do medo", sou Umbandista acima de tudo e a doutrina que sigo com minha casa é " a manifestação do espírito para a caridade"<br />Que cada um reflita e tire suas próprias conclusões<br /><br />Pai Géro<br />Dirigente e Sacerdote Umbandista <br />texto extraido do blog http://wwwumbandaonline.blogspot.comChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-33468757493792477292010-02-25T17:47:00.001-03:002010-02-25T17:47:58.744-03:00OS CABOCLOSSão os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.<br />Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.<br />A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.<br />Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.<br />Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis. <br />Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).<br />Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.<br />A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.<br />Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas. <br />Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.<br />Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.<br />Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.<br />Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. <br />A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa <br />Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.<br />Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.<br /> <br />ONDE VIVEM OS CABOCLOS ?<br />Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.<br />Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam.<br />No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.<br />É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.<br />Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode, tudo sabe e tudo faz). <br />Os Orixás, que são emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.<br />Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.<br />Estas "aldeias" se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo.<br /> <br />Quando Incorporados, fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc... Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.<br />Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.<br />Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:<br />Caboclos Da Mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.<br />Caboclos Da Mata Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.<br />Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.<br />Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.<br />A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.<br />A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.<br />Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.<br />A "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e irradiação que o rege.<br />E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).<br />Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.<br />Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.<br /><br /> <br />FORMAS INCORPORATIVAS E ESPECIALIDADE DOS CABOCLOS:<br /><br />Caboclos De Oxum <br />Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional. <br /><br />Caboclos De Ogum <br />Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo. <br /><br />Caboclos De Yemanjá <br />Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar. <br /><br />Caboclos De Xangô <br />São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar. <br /><br />Caboclos De Nanã <br />Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam. <br /><br />Caboclos De Iansã <br />São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade. <br /><br />Caboclos De Oxalá <br />Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.<br /><br />Caboclos De Oxossi <br />São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha. <br /><br />Caboclos De Obaluaiê <br />São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins. <br /><br /><br />ATRIBUIÇÕES DOS CABOCLOS<br />São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. <br /><br /><br />ASSOBIOS E BRADOS<br /> <br /> Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?<br /> Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é só isso.<br />Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza. Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.<br />Os assobios, assim como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.<br /><br /><br />O ESTALAR DE DEDOS<br /> Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas ?<br /> Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima.<br /> Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo. <br />O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral; e a, descarga de energias negativas.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-68008238773643118782009-12-23T19:18:00.001-02:002009-12-23T19:18:59.220-02:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxVS0QzOIhqm-t-eJCHItD6Ebr26y5IViGdkREXcXpOD7Df383QgbdswZds9AxtSnOsyArD8PX-cehTvMYp3s3SpLiENBQjQXJKNpa19oXRuXV_N2T1KrelQNZDlhJKNJH-140DhEFqV1q/s1600-h/0015.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 222px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxVS0QzOIhqm-t-eJCHItD6Ebr26y5IViGdkREXcXpOD7Df383QgbdswZds9AxtSnOsyArD8PX-cehTvMYp3s3SpLiENBQjQXJKNpa19oXRuXV_N2T1KrelQNZDlhJKNJH-140DhEFqV1q/s320/0015.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418544166430825474" /></a>Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-77822827352511887992009-12-23T19:00:00.001-02:002009-12-23T19:01:39.447-02:00A origem do Natal e seus aspectos históricosComo surgiu o Natal? História dessa tradição <br /><br />Entenda a origem e como surgiu a tradição do Natal, o que se comemora nesta data tão especial, seu simbolismo. O Natal é a solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A data para sua celebração é o dia 25 de Dezembro, pela Igreja Católica Romana e, o dia 7 de Janeiro, pela Igreja Ortodoxa.<br />Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações. Ainda sendo uma festa cristã, é encarado universalmente por pessoas dos diversos credos como o dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.<br />Nas línguas latinas o vocábulo Natal deriva de Natividade, ou seja, referente ao nascimento de Jesus. Em inglês o termo utilizado é Christmas, literalmente "Missa de Cristo". Já na língua alemã, é Weihnachten e têm o significado "Noite Bendita".<br />No ano 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Jesus "como se fosse um Faraó". Há inúmeros testemunhos de como os primeiros cristãos valorizavam cada momento da vida de Jesus Cristo, especialmente sua Paixão e Morte na Cruz. No entanto, não era costume na época comemorar o aniversário e portanto não sabiam que dia havia nascido o seu Senhor. Os primeiros testemunhos indicam datas muito variadas, e o primeiro testemunho direto que afirma que Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro é de Sexto Júlio Africano, no ano 221.<br />De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa "manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.<br />A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.c..<br />Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno.<br />Portanto, segundo certos eruditos, o dia 25 de dezembro foi adoptado para que que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude.<br />Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e uma nova linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o sol de justiça" (Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João 8:12) expressam o sincretismo religioso.<br />As evidências confirmam que, num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada pelos romanos, o "nascimento do deus sol invencível" (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”. Para certas correntes místicas como o Gnosticismo, a data é perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o sol é a morada do Cristo Cósmico. Segundo esse princípio, em tese, o Natal do hemisfério sul deveria ser celebrado em junho.<br />Há muito tempo se sabe que o Natal tem raízes pagãs. Por causa de sua origem não-bíblica, no século 17 essa festividade foi proibida na Inglaterra e em algumas colônias americanas. Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar no dia de Natal era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda é em muitos países.<br />Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre - NatalChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-54450883795582190922009-12-23T18:50:00.001-02:002009-12-23T19:03:29.874-02:00OXALÁ<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVpLhKh7ULh_O2KVcFRQzDq0QX36APiYHfgIBdRHAHFFDyhUOL73NwzYmspE43YmgU4awex4PlMtsClklVVafTgzKvbUODBM2ZvHHC1WyZt3flq4DKIAjePxN7ofxObl2x9YMCXItcYr_X/s1600-h/oxala1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 218px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVpLhKh7ULh_O2KVcFRQzDq0QX36APiYHfgIBdRHAHFFDyhUOL73NwzYmspE43YmgU4awex4PlMtsClklVVafTgzKvbUODBM2ZvHHC1WyZt3flq4DKIAjePxN7ofxObl2x9YMCXItcYr_X/s320/oxala1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418540191028742610" /></a><br /><br />Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. <br />Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. <br />Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. <br />Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. <br />Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. <br /> <br />É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. <br />Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. <br />Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro. <br />Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. <br />O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. <br />Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá.<br />Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional.<br />Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.<br />Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.<br /> <br />A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me". <br /><br />OXALÁ É JESUS ?<br />A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse.<br />Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.<br /> <br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor Branca<br />Fio de Contas Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas Brancas.<br />Ervas Tapete de Oxalá(Boldo), Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli, Alfazema, Folha do Cravo, Neve Branca, Folha de Laranjeira.(Em algumas casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda, erva cidreira, alecrim do mato,hortelã, folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia), fava pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores), macela, palmas de jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia)<br />Símbolo Estrela de 5 pontas. (Em algumas casas, a Cruz)<br />Pontos da Natureza Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas, etc...<br />Flores Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos.<br />Essências Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira.<br />Pedras Diamante, cristal de rocha, perolas brancas.<br />Metal Prata (Em algumas casas: platina, ouro branco).<br />Saúde Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito.<br />Planeta Sol.<br />Dia da Semana Todos, especialmente a Sexta-Feira.<br />Elemento Ar<br />Chakra Coronário<br />Saudação Exê Uêpe Babá<br />Bebida Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto doce.<br />Animais Pomba Branca, Caramujo, coruja branca<br />Comidas Canjica, Acaçá, Mungunzá.<br />Numero 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã).<br />Data Comemorativa 25 de Dezembro<br />Sincretismo Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã, Senhor do Bonfim)<br />Incompatibilidades: Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros. Lâminas (Oxalufã)<br /><br />ATRIBUIÇÕES<br />As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.<br /> <br />AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ<br /><br />Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores (ajuntós). <br />São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.<br />Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos. <br />Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. <br />No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. <br />Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental. <br />Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.<br />Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia. <br /><br /> <br />COZINHA RITUALÍSTICA<br /><br />Canjica<br />Canjica branca (sem aquele olhinho escuro e mal cozida). Colocar em tigela de louça branca. Cobrir com Algodão, Folhas de Saião ou Claras em Neve. Podendo colocar um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel<br /><br />Acaçá<br />Cozinhar 1/2 kg de Farinha de Milho branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco, e faça bolinhos. Em algumas casas se põe, às colheradas, em folhas de bananeira passada ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio.<br />Obs1) Quando colocar esta oferenda, coloque na frente de seu altar com uma copo de água na parte de cima, uma vela de 7 dias a direita, 3 ramos de trigo a esquerda e na parte de baixo encima de uma pano branco coloque um pãozinho cortado em três pedaços, deixe até acabar a vela de 7 dias e veras que criara uma penugem de bolor nos Acaçá, sinal que seu pedido e sua fé foi bem aceita, despache tudo em um jardim ou campo florido.<br />Obs3) Já existe à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá.<br /> <br /> <br />Mungunzá<br />Escolha 1/2 kg de canjica branca (sem aquele olhinho escuro) e ponha de molho na véspera. No dia seguinte, ponha para cozinhar com água e sal. Quando a canjica começar a amaciar, adicione o leite ralo de 2 cocos, junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal. Acrescente os cravos-da-índia e a canela. Desmanche o creme de arroz em leite de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. Sirva em pratos fundos, como sopa.<br /><br />Também se faz agrado com uma mesa de frutas, que não podem ter espinhos farpas ou fiapos, como por exemplo: manga, abacaxi, carambola, cajá-manga, etc. <br /><br />No Candomblé é o único Orixá que não exige matança, em tempo algum. <br /><br /><br />LENDAS DE OXALÁ<br /><br />Aguas de Oxalá <br />Aproximava-se o dia em que seria realizado no reino de Oyó, a época das comemorações em homenagem a Xangô, Rei de Oyó, onde todos os Orixás foram convidados, inclusive Oxalufã. Antes de rumar a Oyó, Oxalufã consultou seu babalawo a fins de saber como seria a jornada, o babalawo lhe disse: leve três mudas de roupas brancas, pois Exú irá dificultar seus caminhos. E Oxalufã partiu sozinho. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.<br />Caminhando pela mata encontrou Exú tentando levantar um tonel de Dendê as costa e pediu-lhe ajuda, Oxalufã prontamente lhe ajudou mas Exú, propositalmente derramou o dendê sobre Oxalufã e saiu. Oxalufã banhou-se no rio, trocou de roupa e continuou sua jornada. Mas adiante encontrou-se novamente com Exú, que desta vez tentava erguer um saco de carvão a costas e pediu a Oxalufã que lhe auxiliasse, novamente Oxalufã lhe ajudou e Exú repetiu o feito derramando o carvão sobre Oxalufã, banhando-se no rio e trocando de roupa, Oxalufã prosseguiu sua jornada a Oyó, próximo já a Oyó, encontrou com Exú novamente tentado erguer um tonel de melado e a estória se repetiu. Nos campos de Oyó, Oxalufã encontrou com um cavalo fugitivo dos estábulos de Xangô, e resolveu devolver ao dono, antes de chegar a cidade, foi abordado pelos guardas que julgaram-no culpado pelo furto. <br />Maltrataram e prenderam Oxalufã. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro. Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Desesperado Xangô resolveu consultar um babalawô para saber o que acontecia e o babalawô lhe disse: a vida está aprisionada em seus calabouços, um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera. Com essa resposta, Xangô foi até a prisão e lá encontrou Oxalufã todo sujo e mal tratado. Imediatamente o levou ao palácio e lá chamou todos os Orixás onde cada um carregava um pote com água da mina. Um a um os Orixás iam derrubando suas águas em Oxalufã para lavá-lo. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufã. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalufã e todo o povo saudava Xangô.<br /><br />Lenda da Criação<br />Oxalá, "O Grande Orixá" ou "O Rei do Pano Branco". Foi o primeiro a ser criado por Olorum, o deus supremo. Tinha um caráter bastante obstinado e independente.<br />Oxalá foi encarregado por Olorum de criar o mundo com o poder de sugerir (àbà) e o de realizar (àse). Para cumprir sua missão, antes da partida, Olorum entregou-lhe o "saco da criação". O poder que lhe fora confiado não o dispensava, entretanto de submeter-se a certas regras e de respeitar diversas obrigações como os outros orixás. Uma história de Ifá nos conta como. Em razão de seu caráter altivo, ele se recusou fazer alguns sacrifícios e oferendas a Exú, antes de iniciar sua viagem para criar o mundo.<br />Oxalá pôs-se a caminho apoiado num grande cajado de estanho, seu òpá osorò ou paxorô, cajado para fazer cerimônias. No momento de ultrapassar a porta do Além, encontrou Exé, que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações entre os dois mundos. Exé descontente com a recusa do Grande Orixá em fazer as oferendas prescritas, vingou-se o fazendo sentir uma sede intensa. Oxalá, para matar sua sede, não teve outro recurso senão o de furar com seu paxorô, a casca do tronco de um dendezeiro. Um líquido refrescante dele escorreu: era o vinho de palma. Ele bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, e não sabia mais onde estava e caiu adormecido. Veio então Odudua, criado por Olorum depois de Oxalá e o maior rival deste. Vendo o Grande Orixá adormecido, roubou-lhe o "saco da criação", dirigiu-se à presença de Olorum para mostrar-lhe o seu achado e lhe contar em que estado se encontrava Oxalá. Olorum exclamou: "Se ele está neste estado, vá você, Odudua! Vá criar o mundo!" Odudua saiu assim do Além e encontrou diante de uma extensão ilimitada de água. <br />Deixou cair a substância marrom contida no "saco da criação". Era terra. Formou-se, então, um montículo que ultrapassou a superfície das águas. Aí, ele colocou uma galinha cujos pés tinham cinco garras. Esta começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície das águas.<br />Onde ciscava, cobria as águas, e a terra ia se alargando cada vez mais, o que em iorubá se diz ilè nfè, expressão que deu origem ao nome da cidade de Ilê Ifé. Odudua aí se estabeleceu, seguido pelos outros orixás, e tornou-se assim o rei da terra. <br />Quando Oxalá acordou não mais encontrou ao seu lado o "saco da criação". Despeitado, voltou a Olorum. Este, como castigo pela sua embriaguez, proibiu ao Grande Orixá, assim como aos outros de sua família, os orixás funfun, ou "orixás brancos", beber vinho de palma e mesmo usar azeite-de-dendê. Confiou-lhe, entretanto, como consolo, a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos, aos quais ele, Olorum, insuflaria a vida.<br />Por essa razão, Oxalá também é chamado de Alamorere, o "proprietário da boa argila".<br />Pôs-se a modelar o corpo dos homens, mas não levava muito a sério a proibição de beber vinho de palma e, nos dias em que se excedia, os homens saiam de suas mãos contrafeitas, deformdas, capengas, corcundas. Alguns, retirados do forno antes da hora, saíam mal cozidos e suas cores tornavam-se tristemente pálidas: eram os albinos. Todas as pessoas que entram nessas tristes categorias são-lhe consagradas e tornam-se adoradoras de Oxalá.<br /><br />Como Oxalá se Tornou o Pai da Criação<br />Iemanjá, a filha de olokum, foi escolhida por olorum para ser a mãe dos orixás. como ela era muito bonita, todos a queriam para esposa; então, o pai foi perguntar a orumilá com quem ela deveria casar. orumilá mandou que ele entregasse um cajado de madeira a cada pretendente; depois, eles deveriam passar a noite dormindo sobre uma pedra, segurando o cajado para que ninguém pudesse pegá-lo. na manhã seguinte, o homem cujo cajado estivesse florido seria o escolhido por orumilá para marido de iemanjá. os candidatos assim fizeram; no dia seguinte, o cajado de oxalá estava coberto de flores brancas, e assim ele se tornou pai dos orixás.<br /><br />Como Oxalá Aprendeu a Produzir a Cor Branca<br />Certa vez, quando os orixás estavam reunidos, oxalá deu um tapa em exu e o jogou no chão todo machucado; mas no mesmo instante exu se levantou, já curado. Então oxalá bateu em sua cabeça e exu ficou anão; mas se sacudiu e voltou ao normal. Depois oxalá sacudiu a cabeça de exu e ela ficou enorme; mas exu esfregou a cabeça com as mãos e ela ficou normal. A luta continuou, até que exu tirou da própria cabeça uma cabacinha; dela saiu uma fumaça branca que tirou as cores de oxalá. oxalá se esfregou, como exu fizera, mas não voltou ao normal; então, tirou da cabeça o próprio axé e soprou-o sobre exu, que ficou dócil e lhe entregou a cabaça, que oxalá usa para fazer os brancos.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-22366622302602292192009-11-30T13:20:00.002-02:002009-11-30T13:32:08.540-02:00EWÁ<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Pi9bkp7WwUOM4yaqq28M54JBob6F9lpgyp5P0JO0HuWUB1we7SCxKqTrGcuk0anc9I03bF0BH0aEZGbcFjDhNRZ41mbrANRfXYqBaclou-Y2n3QLW5wHtAwjOURLcMooxcgTKaO61sXR/s1600/ewa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Pi9bkp7WwUOM4yaqq28M54JBob6F9lpgyp5P0JO0HuWUB1we7SCxKqTrGcuk0anc9I03bF0BH0aEZGbcFjDhNRZ41mbrANRfXYqBaclou-Y2n3QLW5wHtAwjOURLcMooxcgTKaO61sXR/s320/ewa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5409919826651215522" /></a><br /><br />Também conhecida como Ìyá Wa. Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes. Em algumas lendas aparece como a esposa de Oxumarê e pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, em outras como esposa de Obaluaiê ou Omulu. <br />Ewá é a divindade do rio Yewa. Na Bahia é cultuada somente em três casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas não captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Ewá, quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Oxum ou Iansã.<br />O desconhecimento começa com as coisas mais simples como a roupa que veste, as armas e insígnias que segura e os cânticos e danças, isso quando não dizem que Ewá é a mesma coisa que Oxum, Iansã e Iemanjá.<br />Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Ewá tem o poder da vidência, Sra. Do céu estrelado rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança.<br />Seu símbolo é o arpão, pode também carregar um ofá dourado, uma espingarda ou uma serpente de metal. Às vezes, Ewá é considerada a metade mulher de Oxumarê, a faixa branca do arco-íris. Ela é representada também pelo raio do sol, pela neve.<br />As palmeiras com folhas em leque também simbolizam Ewá - exótica, bela, única e múltipla.<br />Na verdade ela mantém fundamentos em comum com Oxumarê, inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha.<br />Quando cultuada na nação Keto, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na cultura jêje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e Nanã. <br />Nas festas de Olubajé, Ewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.<br /> <br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor: Carmim<br />Ervas: Arrozinho, baronesa (alga ), golfão.<br />Símbolo: Arpão<br />Pontos da Natureza: Linha do Horizonte. (Recebe oferendas em rios e lagos).<br />Flores: flores brancas e vermelhas<br />Metal: Ouro, prata e cobre<br />Saúde: problemas respiratórios e intestinais<br />Dia da Semana: Sábado<br />Elemento: Água<br />Saudação: Hihó (Rirró)<br />Bebida: Champanhe<br />Animais: Sabiá<br />Comidas: Banana inteira feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite (milho com coco, batata doce, canjiquinha)<br />Data Comemorativa: 13 de dezembro<br />Sincretismo: Nossa Senhora das Neves <br />Incompatibilidades: Galinha, Aranha, Teia-de-aranha<br /><br /><br />ATRIBUIÇÕES<br />Limpa o ambiente, traz harmonia, alegria e beleza<br /><br /><br />LENDAS DE EWÁ<br /><br />Porque Ewá Não Aceita Galinha<br />Ewá, certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Ewá que tornar a lavar. Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Ewá, galinha não passar nem pela porta.<br /><br />Ewá - Orixá dos horizontes e fontes! <br />Conta-se uma lenda, que Ewá era esposa de Omulu, e era estéril, não podendo conceder um filho ao seu grande amado, sofrendo muito por isso. <br />Em uma bela tarde, a dona dos horizontes, estava-se a deleitar as margens de um rio, juntamente com suas serviçais que lavavam vários alás (panos brancos). De repente, surge de dentro da floresta a figura de uma pessoa, que corria muito e muito assustado. <br />- Como ousas interromper o deleite da mulher de Omulu, quem é você ? indagou Ewá, sobre a irreverência do rapaz. <br />- Ewá ! não era minha intenção interromper tão sagrado ato, oh! esposa de Obaluaiê! Porém Ikú (a morte), persegue-me a vários dias e preciso escapar dela, pois tenho ainda um grande destino a seguir. Peço sua ajuda Ewá, peço que me escondas para que Ikú não me pegue ?! <br />- Gostei de você e vou ajudá-lo, esconda-se sobre os alás que minhas serviçais estão a lavar, e eu despistarei Ikú de seu caminho.<br />E assim foi feito, o jovem rapaz pôs a se esconder sobre os panos brancos. <br />Alguns minutos se passaram, e eis que aparece Ikú. A morte ! <br />- Como ousas adentrar aos domínios de minha morada, quem és tu ? Pergunta <br />Ewá com ar de indignada. <br />- Sou Ikú, e entro onde as pessoas menos esperam, entro e carrego comigo, dezenas, centenas e até milhares de pessoas ! Porém hoje estou a procurar um jovem rapaz, que esta a me escapar a dias, você o viu passar por aqui ? <br />Perguntou Ikú para Ewá. <br />- Eu o vi sim Ikú, ele foi naquela direção. - Ewá apontava para um direção totalmente oposta ao das suas aldeãs, que estavam a esconder o jovem rapaz. Ikú agradeceu e seguiu pelo caminho indicado. Sendo assim, o rapaz pode se desfazer de seu esconderijo e agradeceu Ewá. <br />- Ewá, agradeço sua ajuda, terei tempo agora, de prosseguir meu caminho. Sou um grande adivinho, e em sinal de minha gratidão, a partir de hoje presenteio-lhe com o dom da adivinhação. Ewá, agradeceu o presente dado pelo rapaz, que já havia se virado para ir embora, quando retornou e falou a Ewá. <br />- Sim eu sei, você não pode ter filhos, pois lhe dou isso também, a partir de hoje poderá ter filhos e alegrar ao seu marido. <br />Então Ewá, agradeceu novamente muito contente e perguntou ao jovem rapaz. <br />- Qual é seu nome ? <br />E o rapaz respondeu... <br />- Meu nome é Ifá !<br /><br /><br />Créditos para Sociedade Espiritualista Mata Virgem<br />retirado do Curso de UmbandaChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-82312315585156295112009-10-16T19:28:00.002-03:002009-10-16T19:45:12.418-03:00OSSÃE<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4zkfiWAyOCuGCWEBud-LgX7BTKZj0BTUjOl_f6Wu9haPo6gE82NnjmpGitETNtYXpFaRqfC_DKm3DKPW1ZAQkB75r_g-jmHVzS6bsEOR-3dR1iN10hchRqdc59g7y-RgWlUS2sqLK4c1v/s1600-h/ossae.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4zkfiWAyOCuGCWEBud-LgX7BTKZj0BTUjOl_f6Wu9haPo6gE82NnjmpGitETNtYXpFaRqfC_DKm3DKPW1ZAQkB75r_g-jmHVzS6bsEOR-3dR1iN10hchRqdc59g7y-RgWlUS2sqLK4c1v/s320/ossae.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393332610468384674" /></a><br /><br />É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Orixás através dos banhos feitos de ervas. Como as folhas estão relacionadas com a cura, Ossãe também está vinculado à medicina, por guardar escondida na sua floresta a magia da cura para todas as doenças dos homens, contida nas virtudes de todas as folhas. A cura é invocada no caso de doença, com o auxílio de Obaluaiê.<br />Divindade Masculina, do ar livre, que governa toda a floresta, juntamente com Oxossi, dono do mistério das folhas e seu emprego medicinal ou sua utilização mágica. Dono do axé (força , poder , fundamento , vitalidade e segurança ) existentes nas folhas e nas ervas , ele não se aventura nos locais onde o homem cultivou a terra e construiu casas , evitando os lugares onde a mão do homem poluiu a natureza com o seu domínio . <br />É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes, Ossonhe, Ossãe e Ossanha, a forma mais popular. Por causa do som final da palavra, é freqüentemente confundido com uma figura feminina. <br />É o Orixá da cor verde, do contato mais íntimo e misterioso com a natureza. Seu domínio estende-se ao reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre o sumo. Por tradição, não são consideradas adequadas pelo Candomblé mais conservador, as folhas cultivadas em jardins ou estufas, mas as das plantas selvagens, que crescem livremente sem a intervenção do homem. Não é um Orixá da civilização no sentido do desenvolvimento da agricultura, sendo como Oxossi, uma figura que encontra suas origens na pré-história. <br />As áreas consagradas a Ossãe nos grandes Candomblés, não são jardins cultivados de maneira tradicional, mas sim os pequenos recantos, onde só os sacerdotes (mão de ofá) podem entrar, nos quais as plantas crescem da maneira mais selvagem possível. Graças a esse domínio, Ossãe é figura de extrema significação, pois praticamente todos os rituais importantes utilizam, de uma maneira ou de outra, o sangue escuro que vem dos vegetais, seja em forma de folhas ou infusões para uso externo ou de bebida ritualística. <br />Quando os Zeladores(as) de Santo, penetram no reino de Ossãe para fazerem as colheitas das ervas sagradas para os banhos e defumações, devem antes pedir a Ossãe permissão para tal tarefa, pois se não o fizerem, com certeza todas as folhas que retirarem de seu Reino, não terão os Axés e Magias que teriam se pedissem a sua permissão, e até dependendo do caso como alguns entram em seu Reino zombando e sem firmeza de cabeça, suas ervas poderão agir ao contrario, causando muitos distúrbios naqueles que zombarem de seu Reino e faltarem com o devido respeito ao seu domínio. Junto á planta cortada, deixa-se sempre a oferenda de algumas moedinhas e um pedaço de fumo-de-corda com mel, assim assegurando que a vibração básica da folha permaneça, mesmo depois de ela ter sido afastada da planta e, portanto do solo que a vitalizava.<br />As folhas e ervas de Ossãe, depois de colhidas são esfregadas, espremidas e trituradas com as mãos, e não com pilão ou outro instrumento. Cumpre quebrá-las vivas entre os dedos. <br />Seja filho de Oxalá ou de Nanã, ou de qualquer outro Orixá, uma pessoa sempre tem de invocar a participação de Ossãe ao utilizar uma planta para fins ritualísticos, pois, a capacidade de retirar delas sua força energética básica, continua sendo segredo de Ossãe. Por isso não basta possuir a planta exigida como ingrediente de um prato a ser oferecido ao Orixá, ou de qualquer outra forma de trabalho mágico. <br />A Colheita das folhas já é completamente ritualizada, não se admitindo uma folha colhida de maneira aleatória. Para que um iniciado possa recolher as ervas necessárias ao culto a ser realizado, deve-se abster de qualquer bebida alcoólica e de relações sexuais na noite que precede a colheita. As folhas devem ser colhidas na floresta virgem, sempre que possível. Antes de penetrar na mata, o iniciado deve pedir licença a Oxossi e a Ossãe, para isso acender vela na entrada, com o cuidado de limpar a área onde ficarão as velas. <br />Toda vez que queimamos uma floresta, desmatamos, cortamos árvores, ou simplesmente arrancamos folhas desnecessariamente, estamos violando a natureza, ofendendo seriamente essa força natural que denominamos Ossãe. <br />E é por este motivo que devemos respeitar nossas florestas, bosques, matas, enfim todo espaço em que tenha uma planta, mesmo sabendo que Ossãe habita as florestas e matas fechadas mas toda planta leva em sua essência o Axé deste Orixá da cura.<br />Ossãe tem uma aura de mistério em torno de si e a sua especialidade, apesar de muito importante, não faz parte das atividades cotidianas, constituindo-se mais numa técnica, um ramo do conhecimento que é empregado quando necessário o uso ritualístico das plantas para qualquer cerimônia litúrgica, como forma condutora da busca do equilíbrio energético, de contato do homem com a divindade.<br /><br /><br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor - Verde e Branco<br />Fio de Contas: Contas e Miçangas verdes e brancas<br />Ervas: Manacá, quebra-pedra, mamona, pitanga, jurubeba, coqueiro, café (alfavaca, coco de dendê, folha do juízo, hortelã, jenipapo, lágrimas de nossa senhora, narciso de jardim, vassourinha, verbena)<br />Símbolo: Ferro com sete pontas com um pássaro na ponta central. (Representa uma árvore de sete ramos com um pássaro pousado sobre ela)<br />Pontos da Natureza: Clareira de matas<br />Flores: Flores do Campo<br />Pedras: Morganita, Turmalina verde e rosa, Esmeralda, Amazonita<br />Metal: Estanho (latão)<br />Saúde: problemas ósseos, reumatismo, artrite<br />Dia da Semana: Quinta-feira<br />Elemento: Terra<br />Saudação: Eueuá Ossãe<br />Bebida: suco de hortelã, suco de goiaba, enfim sucos de qualquer fruta<br />Animais: Pássaros<br />Comidas: Banana frita, milho cozido com amendoim torrado, canjiquinha, pamonha, inhame, bolos de feijão e arroz, farofa de fubá; abacate<br />Numero: 15<br />Data Comemorativa: 5 de outubro<br />Sincretismo: S. Benedito<br />Incompatibilidades: ventania, jiló<br /><br /><br />ATRIBUIÇÕES<br />Dá força curativa às ervas medicinais, dá axé às ervas litúrgicas.<br /><br /><br />LENDAS DE OSSÃE<br /><br />Ossãe recusa-se a cortar as ervas miraculosas <br />Ossãe era o nome de um escravo que foi vendido a Orumilá. Um dia ele foi à floresta a lá conheceu Aroni, que sabia tudo sobre as plantas. Aroni, o gnomo de uma perna só, ficou amigo de Ossãe e ensinou-lhe todo o segredo das ervas. Um dia, Orumilá, desejoso de fazer uma grande plantação, ordenou a Ossãe que roçasse o mato de suas terras. Diante de uma planta que curava dores, Ossãe exclamava: "Esta não pode ser cortada, é as erva as dores". Diante de uma planta que curava hemorragias, dizia: "Esta estanca o sangue, não deve ser cortada". Em frente de uma planta que curava a febre, dizia: "Esta também não, porque refresca o corpo". E assim por diante. Orumilá, que era um babalaô muito procurado por doentes, interessou-se então pelo poder curativo das plantas e ordenou que Ossãe ficasse junto dele nos momentos de consulta, que o ajudasse a curar os enfermos com o uso das ervas miraculosas. E assim Ossãe ajudava Orumilá a receitar a acabou sendo conhecido como o grande médico que é. <br /><br />Ossãe dá uma folha para cada Orixá <br /> Ossãe, filho de Nanã e irmão de Oxumarê, Ewá e Obaluaiê, era o senhor das folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os orixás recorriam a Ossãe para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossãe na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossãe oferecer seus sacrifícios. Em troca Ossãe lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abô, beberagens. <br />Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febres, órgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males. <br />Um dia Xangô, que era o deus da justiça, julgou que todos os Orixás deveriam compartilhar o poder de Ossãe, conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura. Xangô sentenciou que Ossãe dividisse suas folhas com os outros Orixás. Mas Ossãe negou-se a dividir suas folhas com os outros Orixás. Xangô então ordenou que Iansã soltasse o vento e trouxesse ao seu palácio todas as folhas das matas de Ossãe para que fossem distribuídas aos Orixás. Iansã fez o que Xangô determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das plantas e as arrastou pelo ar em direção ao palácio de Xangô. <br />Ossãe percebeu o que estava acontecendo e gritou: "Euê Uassá!" - "As folhas funcionam!". Ossãe ordenou às folhas que voltassem às suas matas e as folhas obedeceram às ordens de Ossãe. Quase todas as folhas retornaram para Ossãe. As que já estavam em poder de Xangô perderam o Axé, perderam o poder da cura. O Orixá Rei, que era um orixá justo, admitiu a vitória de Ossãe. Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de Ossãe e que assim devia permanecer através dos séculos. Ossãe, contudo, deu uma folha para cada Orixá cada qual, com seus axés e seus efós, que são as cantigas de encantamento, sem as quais as folhas não funcionam. Ossãe distribuiu as folhas aos orixás para que eles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele guardou para si. Ossãe não conta seus segredos para ninguém, Ossãe nem mesmo fala. Fala por ele seu criado Aroni. Os Orixás ficaram gratos a Ossãe e sempre o reverenciam quando usam as folhas. <br /><br />Texto extraido do curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata Virgem.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-41974815670918185432009-09-19T23:11:00.000-03:002009-09-19T23:16:40.310-03:00HISTÓRIA DA UMBANDASociedade Espiritualista Mata Virgem<br /><br />HISTÓRIA DA UMBANDA<br /><br />No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques". Sua família, conhecida e tradicional na cidade de Neves, estado do Rio de Janeiro, foi pega de surpresa pelos acontecimentos. <br />Esses "ataques" do rapaz, eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época. Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.<br />Após examiná-lo durante vários dias, o médico da família recomendou que seria melhor encaminhá-lo a um padre, pois o médico (que era tio do paciente), dizia que a loucura do rapaz não se enquadrava em nada que ele havia conhecido. Acreditava mais, era que o menino estava endemoniado.<br />Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.<br />Tomado por uma força estranha e alheia a sua vontade, e contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, Zélio levantou-se e disse: "Aqui está faltando uma flor". Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios.<br />O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.<br />Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou: _"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?" <br />Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura. <br />Um médium vidente perguntou: _"Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome irmão?<br />_"Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim, não haverá caminhos fechados."<br />_"O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como caboclo brasileiro."<br />Anunciou também o tipo de missão que trazia do Astral: <br />_"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.” <br />O vidente retrucou: _"Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto" ? perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse: <br />_"Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei".<br />Para finalizar o caboclo completou:<br />_"Deus, em sua infinita Bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornariam iguais na morte, mas vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas socialmente importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?"<br />No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, 20:00 h, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.<br />Às 20:00 h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.<br />A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus. <br />O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 às 22:00 h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade. <br />A Casa de trabalhos espirituais que ora se fundava, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Maria acolheu o filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto. <br />Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes ali presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou a parte prática dos trabalhos. <br />O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.<br />Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:<br />"_ Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá."<br />Após insistência dos presentes fala:<br />"_Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego."<br />Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:<br />"_Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca."<br />Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".<br />No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos etc. vinham em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais. <br />A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.<br />Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia; Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Tenda Espírita Santa Bárbara; Tenda Espírita São Pedro; Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge; e Tenda Espírita São Gerônimo. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das mencionadas. <br />Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão. Trabalhava para o sustento de sua família e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.<br />Ministros, industriais, e militares que recorriam ao poder mediúnico de Zélio para a cura de parentes enfermos e os vendo recuperados, procuravam retribuir o benefício através de presentes, ou preenchendo cheques vultosos. "_Não os aceite. Devolva-os!", ordenava sempre o Caboclo. <br />A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, o mesmo teve como causa o fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda. O ritual estabelecido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e as palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Os banhos de ervas, os amacis, a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium. <br />O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. <br />Após 55 anos de atividades à frente da Tenda Nossa Senhora da Piedade (1º templo de Umbanda), Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa, continuando, ao lado de sua esposa Isabel, médium do Caboclo Roxo, a trabalhar na Cabana de Pai Antônio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ, dedicando a maior parte das horas de seu dia ao atendimento de portadores de enfermidades psíquicas e de todos os que o procuravam. <br />Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade – RJ) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que bem espelha a humildade e o alto grau de evolução desta entidade de muita luz. Ei-la: <br />"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas". <br />Zélio Fernandino de Moraes dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda, tendo retornado ao plano espiritual em 03 de outubro de 1975, com a certeza de missão cumprida. Seu trabalho e as diretrizes traçadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas continuam em ação através de suas filhas Zélia e Zilméa de Moraes, que têm em seus corações um grande amor pela Umbanda, árvore frondosa que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhê-los.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-1949918088521788262009-09-19T23:08:00.000-03:002009-09-19T23:10:17.138-03:00Tudo é o amor !!Vida é o amor existencial.<br /><br />Razão é o amor que pondera.<br /><br />Estudo é o amor que analisa.<br /><br />Ciência é o amor que investiga.<br /><br />Filosofia é o amor que pensa.<br /><br />Verdade é o amor que eterniza.<br /><br />Ideal é o amor que se eleva.<br /><br />Fé é o amor que transcende.<br /><br />Esperança é o amor que sonha.<br /><br />Caridade é o amor que auxilia.<br /><br />Fraternidade é o amor que se expande.<br /><br />Sacrifício é o amor que se esforça.<br /><br />Renúncia é o amor que se depura.<br /><br />Simpatia é o amor que sorri.<br /><br />Trabalho é o amor que constrói<br /><br />Indiferença é o amor que se esconde.<br /><br />Desespero é o amor que se desgoverna.<br /><br />Paixão é o amor que se desequilibra.<br /><br />Ciúme é o amor que se desvaira.<br /><br />Orgulho é o amor que enlouquece.<br /><br />Sensualismo é o amor que se envenena.<br /><br />Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.<br /><br />Francisco Cândido XavierChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-60329870447982169212009-09-04T21:13:00.000-03:002009-09-04T21:14:07.909-03:00AS CRIANÇASAS CRIANÇAS <br /><br />São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. <br />São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. <br />Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos.<br />É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única linha em que a comida de santo (Amalás), leva tempero especial (açúcar). É conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como (ÊRES ou IBEJI). Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. <br />Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil. <br /> <br />No Candomblé, o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do pai. É normalmente muito irrequieto, barulhento, às vezes brigão, não gosta de tomar banho, e nas festas se não for contido pode literalmente botar fogo no oceano. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução se for o caso.<br />Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos como os Erês, embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados. <br />No Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai vai. <br />As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...<br />As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o Caruru, etc... Isso não quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com Criança tudo pode acontecer.<br />Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. <br />Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência. <br />Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim. <br />Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis.<br />A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam.<br />Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais. <br />Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe.<br /> <br />As festas para Ibeiji, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro, devido a ligação espiritual que há entre Crispim e Crispiniano com aqueles gêmeos, pela sincretização que houve destes santos católicos com os "ibejis" ou ainda "erês" (nome dado pelos nagôs aos santos-meninos que têm as mesmas missões.<br />Nas festas de ibeiji, que tiveram origem na Lei do ventre-Livre, desde aquela época até nossos dias, são servidos às crianças um "aluá" ou água com açúcar (ou refrigerantes adocicados no dia de hoje), bem como o caruru (também nas Nações de Candomblés).<br />Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.<br />Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles.<br />Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.<br /><br /><br />MAGIA DA CRIANÇA<br /><br />O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são... todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.<br />Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. <br />Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. <br />A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos.<br />Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô. <br />Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro. <br /> <br /><br /> <br />ORIGEM DE "DOUM"<br /> <br />Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de um outro menino, era este considerado "Doum", que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos.<br />Foram sincretizados com os santos que foram gêmeos e médicos, tem sua razão na semelhança das imagens e missões idênticas com os "erês" da África, mas como faltava "doum", colocaram-no junto a seus irmãos, com seus pequenos bastões de pau, obedecendo à semelhança dos santos católicos, formando assim a trindade da irmanação.<br />Dizem também, que na imagem original de S. Cosme e S. Damião, entre eles (adultos) havia a imagem de uma criança a qual eles estavam tratando, daí para sincretizarem Doum com essa criança, foi um pulo...<br /><br /><br />ONDE MORAM AS CRIANÇAS<br /><br />A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto de Leadbeater, do seu livro "O que há além da Morte".<br />"A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral."<br />"Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim, as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam socialmente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente felizes."<br />Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam, sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.<br /><br /><br /> <br />CASOS DE CRIANÇA<br /><br />Algumas vezes, ficamos deslumbrados com a eficiência de seus trabalhos. Seguem-se duas narrações de casos resolvidos pelas crianças.<br /><br />Uma vez telefonou-me um fazendeiro assustado pelas mortes de seu gado. Achava ser trabalho feito. Ele foi no terreiro tendo sido atendido normalmente. No final do trabalho uma criança incorporada chamou-o e, com uma pemba, fez um desenho no chão como se fosse um mapa todo recortado. No meio desenhou três corações e um risco como um rio, fazendo um encontro com outro. “Tio”, falou, “os corações simbolizam seus três filhos.” O homem confirmou. Mostrando o mapa, disse ser a sua casa construída com vários pedaços. O homem explicou ter sua fazenda sido constituída por várias áreas. Apontando exatamente no encontro dos riscos, disse estar ali o problema, estando a água cheia de veneno e onde os bichinhos do tio estavam morrendo. Mais tarde o fazendeiro telefonou-me dizendo estar a água do rio realmente envenenada por agro-tóxico. <br /><br />Outra vez, no encerramento do trabalho uma experiente médium deu sinais de incorporação de criança. Ela incorporou e batendo palmas, veio ao meu encontro pedindo um dólar. “Um dólar?” Respondi. “O que você vai fazer com um dólar?” Ela insistiu: “quero um dólar”. Achamos graça. A cena foi alegre e descontraída. “Alguém tem um dólar para a criança?” perguntei ironicamente. Da assistência uma moça fez sinal afirmativo. Fiquei perplexo. Somente eu conhecia o seu problema. Tinha câncer maligno nas cordas vocais e testava com a cirurgia marcada. Da ironia à seriedade, convidei a moça para entrar no terreiro e fazer a entrega do dólar ao erê. A entidade fez festa ao dólar, deixou-o de lado e agarrou-se na garganta da moça fazendo-lhe leves passes magnéticos. Ela fez a cirurgia na terra, mas está curada.Christian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-5636026842589483742009-09-04T20:51:00.002-03:002009-09-04T20:54:03.505-03:00IBEIJIIBEIJI<br /><br />Ibeiji, o único Orixá permanentemente duplo. É formado por duas entidades distintas e sua função básica é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais terreno, por ser criança. A ele é associado a tudo o que se inicia: a nascente de um rio, o germinar das plantas, o nascimento de um ser humano. <br />No dia de Ibeiji, 27 de setembro (o mesmo de Cosme e Damião, com quem são sincretizados), é costume as casas de culto abrirem suas portas e oferecerem mesas fartas de doces e comidas para as crianças, elevadas à condição de representantes na terra do Orixá. <br />Regem a falange das crianças que trabalham na Umbanda.<br /><br /><br />CARACTERÍSTICAS<br /><br />Cor: Rosa e azul (branco, colorido)<br />Fio de Contas: No Candomblé, contas e miçangas leitosas coloridas.<br />Ervas: jasmim, alecrim, rosa<br />Símbolo: Gêmeos<br />Pontos da Natureza: Jardins, praias, cachoeiras, matas...<br />Flores: Margaridas, rosa mariquinha.<br />Essências: De frutas<br />Pedras: Quartzo rosa<br />Metal :Estanho<br />Saúde: Alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes<br />Planeta: Mercúrio<br />Dia da Semana: Domingo<br />Elemento: Fogo<br />Chakra: Todos, especialmente o Laríngeo<br />Saudação: Oni Beijada<br />Bebida: Guaraná (Suco de frutas, água de coco, água com mel, água com açúcar, caldo de cana)<br />Animais: Animais de estimação.<br />Comidas: Caruru, doces e frutas.<br />Numero: 2<br />Data Comemorativa: 27 de Setembro<br />Sincretismo: São Cosme e São Damião<br />Incompatibilidades: Coisas de Exu. Morte, Assovio.<br /><br />ATRIBUIÇÕES<br />Zelar pelo Parto e Infância. Promover o amor(união).<br /><br />LENDAS DE IBEIJI<br /><br />Como Os Irmãos Ibeiji Viraram Orixá <br />Existia num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.<br /><br />Texto cedido da Sociedade Espiritualista Mata VirgemChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1696944851540396630.post-19957164799517886002009-08-28T18:11:00.000-03:002009-08-28T18:12:43.659-03:00A História do lápisRepassando<br />----- Original Message ----- <br />Subject: Fw: [parasempreumbanda] A História do lápis....<br /><br />O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: <br /><br />- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim? <br /><br />A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto: <br /><br />- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. <br /><br />O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. <br /><br />- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida! <br /><br />- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo. <br /><br />"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade". <br /><br />"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor." <br /><br />"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça". <br /><br />"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você." <br /><br />"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".<br /><br /><br />Abs<br /><br />Severino SenaChristian Alexanderhttp://www.blogger.com/profile/16644129134687743117noreply@blogger.com0